quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Baldios...

Nos espinhos de um cardo elegi o sorrir,
De igual modo sepultei pretensão!
Aquela que trazia no ente a florir,
Ao contacto irrequieto da tua mão.

Nos baldios campestres atrevi-me a cair.
Senhora de mim, semeei afeição.
Claros sentimentos no campo a florir,
Que buscam a água na languidez do Verão.

Ou não fosse a água a seiva da vida.
Ou não fosse o amor uma flor tingida,
Pelo colorido que é o sentimento!

Ou não fosses tu quimera roubada
Aos sonhos de ontem de uma assentada…
Ou não fosse o rir cantiga no vento!

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Palavras ao Vento Suão, Antónia Ruivo