quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
Dó...
Sinto uma frieza medonha
Que me tolhe os músculos
Cansados por noites de insónia
Ao olhar é irrisória
É sentir pobre e minúsculo
Este frio que me corrói, e se entranha
Como pó por entre frestas
Acumula-se entre gavetas
Entre memórias vadias
É feio como estrias
Em peles pelo sol queimadas
Emoções aniquiladas
Este frio bafiento
Entra na mente e vagueia
Por um tempo que já é ido
O sussurro de um gemido
Solta-se na noite e incendeia
O meu recordar lento
Trespassado pelo pó
Que entrou e me achou só
Remoendo o meu viver
No frio do amanhecer
Das noites que não tem dó
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Bela composição, parabéns, poeta !
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