domingo, 14 de julho de 2013

Chuva



  Em debanda está a chuva implorou afeição
Ao vento gelado um pouco de atenção
Ainda lhe falou de sonho e desejo
Até lhe segredou em jeito de solfejo

Mas foi tanta a ventania que a algazarra sobeja
Arrasando de antemão com o que a chuva almeja
Irrigar vales e campos com um manto de paixão
Sonhando vejam bem levar o vento p`la mão

Ao vento resmungão não importa quem vier
Arrasa à passagem e a chuva não entende
Leva na sua ira desde a mais vistosa flor
Ao telhado de uma casa tanto faz que desabe

Não há vento que perdure nem sorte que não termine
Só o vento desconhece o que é querer água e não a ter
Depressa chega o sol que põe ordem no ardil
Um lindo arco-íris que da chuva fez Abril.

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Palavras ao Vento Suão, Antónia Ruivo