Desfalece no
corrupio dos dias
Sem que a
vontade tenha poderio
Quando a
noite chega, restam mãos vazias
No beiral
garças brancas espreitam
Os gatos se
intricam no escuro
As árvores padecem,
não adormecem
Eu, viro
costas e perduro
Na memória
de ti, busco conforto
No tempo que
é nosso em que a sombra cai
No inverno
que traz nas primeiras chuvas
Saudade de
tudo o que não vivemos, lavai
O pensamento,
se assim se atreve o instante
Mágoa que não
é minha e carrego nas costas
Porque me
atrevo a vasculhar o presente
Louca, será
que julgo que as mossas
Soltam amarras
e empurram p`rá frente
Os medos que
renego, o telejornal lá está
E esta
sombra a meu lado, será fado
Ou somente
uma nesga de céu ao deus dará.
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