quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Repara no amor...

Não deixes que morra em mim o arco iris.
Apetece-me por vezes gritar em lamento.
Desisto!... E se tu nem sequer me ouvires.
E assim o meu grito se perca no vento.

E o vento!... Ai o vento… Rodopia em ais!...
Leva nas asas o que resta ao tempo.
Enquanto o sonho se desfaz, sem mais…
E a vontade se apaga sem argumento.

O que tu não sabes é que o sonho é cor.
Mesmo andando apressado; é motor.
Um azul anilado que alimenta o olhar.

Por isso; mesmo que passe sem passar…
Repara que o vento insiste em chamar:
À ilusão, nostalgia… Enquanto sussura, amor!



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Palavras ao Vento Suão, Antónia Ruivo