Deixo que o
tempo apague a tua imagem.
Aquela: que
a chuva deixa na vidraça.
No
pensamento és nitida miragem.
E até as lágrimas são nuvem que passa.
Já que o tempo
é gélida moagem.
E as lembranças
são arestas sem raça.
São as Mós!…
São as portas de passagem…
Deixo sempre
ao tempo a sua sentença.
De que vale
a teimosia? Se és nada!
Ah! Como
pode ser fria a noite escura.
Como até a
água pode ser: secura!
Se insistes e
chamas por mim… Loucura!
Não passas
de uma esperança roubada.
Que sem
saber se perdeu na estrada.
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