sábado, 20 de janeiro de 2018

Sempre que chamas por mim...

Deixo que o tempo apague a tua imagem.
Aquela: que a chuva deixa na vidraça.
No pensamento és nitida miragem.
E  até as lágrimas são nuvem que passa.

Já que o tempo é gélida moagem.
E as lembranças são arestas sem raça.
São as Mós!… São as portas de passagem…
Deixo sempre ao tempo a sua sentença.

De que vale a teimosia? Se és nada!
Ah! Como pode ser fria a noite escura.
Como até a água pode ser: secura!

Se insistes e chamas por mim… Loucura!
Não passas de uma esperança roubada.
Que sem saber se perdeu na estrada.


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