Hoje fecharei o peito à poesia
Não, não vou escrever criança
Neste dia
Amanhã escrevo criança
Tal como ontem o fazia
Escreverei amor
Sol e uma flor
Esplendor, felicidade
Traquinice e meninice
Em suma
Amanhã escreverei criança
Hoje
Atormenta-me a lembrança
De que este dia é prenúncio de morte
De empurrão ou má sorte
Por isso existe no calendário
Um dia da criança, imaginário
Ocidental festa deslumbrante
No resto do ano um gelo arrepiante
Amanhã escreverei criança
Amanhã falarei de confiança
Num sorriso atrevido
Que enche a minha alma e lhe dá sentido.
Sem comentários:
Enviar um comentário