Sou pequena demais perante o brilho das estrelas
Átomo que se desintegra na realidade além de mim
O fascínio de um poema, o som de uma orquestra são asas
Que me levam além vida, sou pequena demais sim
Contudo os meus medos não cabem no universo
Vou contar-lhes um segredo, nesta noite silenciosa
Não tenho medo da morte, ou da vida, só do contexto
De uma moeda de troca que não quero, porém enganosa
É a minha negação, sou pequena demais mas almejo
Deixar para trás algumas flores espalhadas pelo chão
Que piso nesta vida desequilibrada, mas igual a realejo
Que toca uma musica antiga é a minha absolvição
Sussurra notas desafinadas, nas pontas dos dedos, um espinho
Que lanço no vento, uma esperança vadia que alegre seu dia
Pequena perante o brilho das estrelas, porém rabisco
palavras
Jogo-as a seus pés, assim descaradamente, um tanto indolente
Brinco, se me é permitido brincar neste Natal de tantas
lágrimas
Mas a sina dos poetas é cantar desalento mansamente
Tal como é erguer bem alto a bandeira da sobrevivência.
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