Ao contradizer
as borboletas
Os sorrisos
bonitos numa palavra crua,
Além de
amores idílicos e poses de mulher nua.
Ao impugnar
poesia de cordel
Palavras gentilmente
jogadas
À vida em
contramão.
Serei na
minha imperfeição, isto ou aquilo.
Rameira despida
de adorno
De jóias luzentes,
brilho tosco.
Acima de
tudo serei poeta de estrada,
Maltrapilho,
até corcunda, jamais cega,
Pelo brilho
das estrelas.
Ao contestar
a facilidade
Que será de
mim
Que será do
meu tempo
Do frenesim,
da vaidade.
A que engulo
dias a fio
Por tudo o
que ignoro.
Que será dos
dias além morte
Da escrita e
do regabofe
Onde soberbamente me afundo.
É tamanha a
incerteza
Em que o dia
me encontra
Seria fácil seguir
a correnteza
E aí, aí
tinha sonho de pouca monta.