quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Onde comprar o meu livro Estranha Paixão.

Os amigos interessados em adquirir o meu livro Estranha Paixão podem fazê-lo na livraria onlin da Bubok, O livro encontra-se à venda no Site Português e Espanhol, também pode ser adquirido no Brasil, o pagamento é feito por transferência bancaria ou com cartão Visa. O prazo de envio é de quinze dias.

Basta colar este endereço no motor de busca ou clicar no Like abaixo da foto . http://www.bubok.pt/livros/8429/Estranha-Paixao
http://www.bubok.pt/livros/8429/Estranha-Paixao

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Correntes...

Há correntes no imaginário
Elos embrutecidos pela soberba.
Corroem e maltratam os dias
Cobiça adjacente sem nobreza.

Porque serás homem…
Nada mais que isso.
Molécula de um mundo em decadência!
Porque serei mulher apenas isso.
Átomo desqualificado na ignorância!

Porque seremos robots,
Peças simetricamente fabricadas,
Porque seremos fantasmas
De mente enjaulada…

Porque serei e tu também
Nicho imperfeito do sentir.
A quem roubaram os sonhos
E o medo de colorir…
O nosso mundo caduco,
Que de tão podre
Está prestes a ruir.

terça-feira, 7 de outubro de 2014

O amor...

Após a ausência o encontro terreno.
Retorno maduro das águas de Maio!
Querer inquieto na ânsia de ter, o concreto...
Do amor que voltou, e na terra brotaram,
Margaridas em flor.

Outono.

No virar da página um novo dia
Onde as folhas caem por terra.
Outono de manhãs frias
Leva no vento e encerra
A noite de um tempo sem lei.

Nem sempre...

Complacente vem a aragem de um dia sem nome
No mosto da boca o murmurar da fonte
Seiva de vida tingida de dourado que é triste
Mas mesmo assim benévolo.

Nas mãos uma pomba de esperança
No nome liberdade,
Autonomia do querer aliada ao crer,
Simplicidade.

Do teu rosto moreno descai o olhar
Poisa em mim, ansiedade…
Nas maças do rosto areal distante,
Sem oásis de fruta madura, cheiro a alecrim
Enfim.

Nem sempre o inferno perdura
Num olhar faminto.
Quase sempre a história é triste
Nuns pés descalços,
Quase sempre.

Foto Alfredo Cunha.

Surpresa…

Se trazes ao meu peito o aroma do jasmim
Num sopro de uma manhã a despontar,
Ou então o suave murmurar
Da água que corre pelo campo em festim…

Se no fundo dos teus olhos vêem crateras,
A imensidão de um deserto ao luar.
Atreve-te nessa força a desbravar
Enfim, traz o desconhecido e sacia a almas…

A minha e a tua, só assim encaro o veredicto,
Ao entrar pela janela entreaberta.
Estranha noite de luar onde o grito
Que cortava o coração caiu por terra!

Trazes o infinito, será que vem para ficar  
Ou apazigua um coração impaciente.
Ânsia tresloucada, surpresa ao encontrar
Nos teus olhos um sereno convincente.




sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Perversa

Porque me chega no murmurar das folhas,
Na candura de uma tarde de Outono,
O eco frio das algemas, de uma alma sem asas.
E por entre o cair da noite um rumor a abandono?

E nesse instante as folhas amontoadas
Aos meus pés gritam em coro. O seu a seu dono…
Finjo, simplesmente finjo… São águas passadas,
Telhados de vidro de um rei sem trono.

Como eu queria ser formiga… perversa
É a mente com desejos amontoados.
Tudo porque na vida os sonhos são adiados.

Perversa é sorte de um Outono sem chuva.
Perverso o rumor que me serve como luva,
Enfiada das avessas de dedos esburacados…







Palavras ao Vento Suão, Antónia Ruivo