quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Não sei


Não sei
Nada percebo de saudade desnecessária
Ingrata inquietação que me assola
Os abutres circundam a viela
O barulho das asas transporta saudade

De voos inacabados
Interrompidos pelas certezas
O barulho das asas traz incertezas

Se tivesse virado naquela esquina
Se tivesse saltado aquele muro
Deslizado pela sombra
Se o sol não tivesse sido a meta

Teria amealhado esta saudade escusada
Que me conduz a algures
Um sitio remoto na imaginação
Onde adivinho o toque suave da mão
Que me conduz pela razão contrária.

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Palavras ao Vento Suão, Antónia Ruivo