sábado, 8 de outubro de 2011

Precisava


Precisava de morrer
Para nascer de novo
Talvez assim o pouco
Se tornasse muito
Ao meu olhar moído
Precisava de morrer
Para aprender a rir
Não ter medo de partir
Engrandecer
O pouco que fecho na mão
Me escorre aos pés feito quinhão
Por merecer

Precisava de morrer
Para conseguir ver
Além de mim mesma
Lesma
Assim é o pensamento
Indolente
Que não compreende a grandeza
De nascer
Para que um dia qualquer
Ganhe o direito de morrer

Sem comentários:

Enviar um comentário

Palavras ao Vento Suão, Antónia Ruivo