sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Retorno



Das profundezas do mar a vida
Brotou em cascata na serra
Desenlace de uma nuvem branca
Submergiu a esperança na terra

As casas brancas caiadas
São berço de algum amor
Contudo as ruínas choram
Desamparo no tecto sem cor
Por entre janelas imploram
À vida volta de novo
Porquê o espaço vazio
É cinza da alma de um povo

Na terra batida se aflora
Sinais de gente voltando
Nas encostas da serra a aurora
Transporta o sonho até quando
 
A força de um povo que é nobre
Que verga mas nunca desiste
Em cascata a garra que move
Despojos de uma pátria triste.

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Palavras ao Vento Suão, Antónia Ruivo