Tudo foge com
a estaleca de um torpedo
De entremeio
os fragmentos em narrativa
Eu e tu,
entrelaçados num ápice e o credo
Que aflora
os sentidos tenta e aviva
A crença
intemporal de que a letargia festiva
Não é minha
nem tua, assemelha a penedo
Esvai por
entre os dedos nega ser cativa
De um anseio
que aflorou, fustiga em degredo
O tempo debanda
humildemente intemporal
Sabe meu
amor que a verdade é crua, é fatal
Contudo não
se apega a meras frustrações
Não renega ou
olvida, tudo são paixões
Nos meus e nos
teus olhos afirmações
O amanhã quem
sabe no tempo é ancestral
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