Digo que te
amo num silêncio truncado
pelo esquecimento
que a vida reveza.
Digo que te
amo, e as palavras soam vazias!
Falta o
brilho do teu olhar.
Digo que te
amo, até à eternidade
e além dela,
porque sim, porque quero.
Porque sinto.
Este aperto
no peito que a saudade alimenta.
Este vazio
repleto da tua imagem.
Curvado e
parado.
Parado no tempo
de um beijo ao longe,
curvado no calor
de um abraço, um sussurro.
Até já…
Digo que te
amo e as palavras assustam as sombras,
que deambulam
pela casa vazia.
Tudo são
lembranças, nada mais,
ou vendavais!
E aí, grito
que te amo e o vento enlaça o grito…
Amanhã ao
acordar, será o vento quem te abraça.
Digo que te
amo e as paredes, as sombras e o frio,
troçam desse
amor por dias a fio.
Mas mesmo
assim, digo que te amo!
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