segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Mesmo assim...

Digo que te amo num silêncio truncado
pelo esquecimento que a vida reveza.
Digo que te amo, e as palavras soam vazias!
Falta o brilho do teu olhar.

Digo que te amo, até à eternidade
e além dela, porque sim, porque quero.
Porque sinto.
Este aperto no peito que a saudade alimenta.
Este vazio repleto da tua imagem.
Curvado e parado.
Parado no tempo de um beijo ao longe,
curvado no calor de um abraço, um sussurro.
Até já…

Digo que te amo e as palavras assustam as sombras,
que deambulam pela casa vazia.
Tudo são lembranças, nada mais,
ou vendavais!
E aí, grito que te amo e o vento enlaça o grito…
Amanhã ao acordar, será o vento quem te abraça.

Digo que te amo e as paredes, as sombras e o frio,
troçam desse amor por dias a fio.

Mas mesmo assim, digo que te amo!


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