Porque
repito e repito!
As palavras gemem,
tão parcas no dizer!
Não apontam
horizonte, ou trazem ideia renovada,
são quando
muito, incentivo a olhar aguado.
Depressa se
afasta de retina vazia!
Mas eu repito.
Sofrer, amar, ciúme e mar, até maldizer!
Em versos de
areia.
Porque teimo
em ser poeta? Se não digo nada!
Porque teimo,
se junto palavras esfarrapadas!
Bonitinhas,
redondinhas, atrevidas,
empedernidas
e destravadas, até amadas,
escanzeladas
ou vaidosas. Outras vezes
Ardilosas, escorregadias,
amorosas.
No final
volto atrás, é tudo igual!
Mas que bem,
mas que bom, mas que lindo.
Mas que
fofo!
Merda… assim,
vou ao céu e já venho…
Ao voltar olho
o espelho, nem me reconheço.
Afinal sou
poeta!!!
Desleal o
carnaval, e eu repito, e volto a repetir.
Palavras vazias
de ideias, futuro, ou estrada!
Amanhã, estão
enterradas sem estima ou pavio,
e eu,
voltarei a repetir!!
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