domingo, 17 de abril de 2011

Má sorte

Por que fantasiamos os nossos passos
É tão fácil arranjar desculpa para a morte
Para a puta da sorte, até para os nossos erros
É tão fácil olhar o espelho, vermos um corte
Distorcido por entre a luz, são ermos
Os trilhos escolhidos, são faúlhas que viram cinza

Mas…

Tudo tem desculpa,
cruzamos os braços
Os vidros estão baços
Viramos a cara
Culpamos os outros
No final perdemos a vida
Ou melhor ela nos perdeu.
É tão fácil culparmos Orfeu

O país, um vento forte
Os outros, até o norte

Esquecemos que lá atrás
Fomos nós que escolhemos a dita
Porque raio o olhar não é sagaz
Por lhe chamamos maldita
Se o voo não foi perspicaz

Porque teimamos em desculpar má sorte.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Palavras ao Vento Suão, Antónia Ruivo