terça-feira, 15 de novembro de 2011

Desejo


Trago na pele uma mistura transparente
Só eu a vejo, só eu a sinto
Torna os meus dias num labirinto
De memórias em contraste
São os sentidos, os desejos
Até me atormentam alguns ensejos
Mas, o dia corre apresado é benevolente
Ao meu desejo aguado

Trago na pele o teu cheiro
Só a minha alma o presente
Assim alimento o desejo
De que a distância seja insolvente.

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Palavras ao Vento Suão, Antónia Ruivo