quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Vida

Será a vida tresloucada
Fruto que murchou
Será o tempo arredio
Pedra que saltou
Será o Inverno sem estio
O culminar da trovoada

Tudo passa a reboque
Tudo muda tudo some
Além no descarrilar p`rá morte
É que o sonho se consome

E os homens
Deles tão pouco resta
Fechado na mão fica apenas uma aresta
E os homens
Serão o sal ou o salitre
O rei ou o pedinte

O fim sombreia a corrida.
O homem
Esse une-se à terra sem vida.



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Palavras ao Vento Suão, Antónia Ruivo