quem sabe...
Calarei na garganta um grito aflito.
Uma nota singela em clave.
Calarei na garganta o sentido
do meu olhar aguado.
Morrerei no silêncio
de uma madrugada.
Fingirei que não é nada
quem sabe me oiças
me adivinhes, mesmo calada.
Morrerei no silêncio
e a minha boca fechada
gritará sofregamente...
A minha vontade esfaimada.
Alma desfolhada
de um cacho em flor.
Gritarei no silêncio
a palavra Amor.
Morrerei sem saber
se o grito ouviste.
Morrerei a dizer
meu amor tu não viste!
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