Na pedra fria o
sinal dos passos
Esculpidos pelo
sofrimento
Por entre medos e
embaraços
Na pedra fria o
tormento
Que o gentio
transporta
Numa sacola invisível
Mendiga de porta
em porta
Por entre luxuria exequível
E a pedra apenas
memória
De era em era
transita
Gravada no veio a
história
De grande ou
parasita
Portugal na chuva
que cai
Afoga ou quem sabe
distrai
A fome que agora
passa
Ali na ombreira da
porta
Na entrada de um
prédio antigo
Onde um pedinte
aflora
O que foi grandioso
postigo.
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