E a fome que eu tenho não me pesa no estomago
São os sonhos que escasseiam nesta terra de ninguém
Não sei se ando ou se vou a reboque, perdi o âmago
O cerne da
existência ficou além da certeza
Só o restolho me
entende, e o tempo que está tao longe
Quando volta?
As noites no canto
da chaminé
Historias que
levitam nas chamas
Estranhas memórias
em viés
Estranha a fome
nas entranhas
Tenho fome
A fome de um país
em transe
Na deriva que
assim afunda
A vida, a sorte, o
sonho
Tenho fome… Grito
ao tempo que me acuda.
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