Eu precisava que o vento se sentasse
a meu lado
Termos assim uma conversa sem
instante marcado
Precisava que o momento guiasse o
anseio
Por entre encostas de giestas
entremeio
Careço de antemão de um ápice
propício
Ao estender da mão a beleza do
solstício
Mas não quero que o vento invente
palavras
Vocábulos efémeros que assemelham adagas
Eu precisava que o vento entrasse
pela janela
Se sentasse a meu
lado numa conversa serena
Iluminasse o palco sem
antever miragem
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