Hipnose...
A partícula que me mantém suspensa.
Como o pensar me pesa!
A aresta trémula da cegueira vagueia sem rumo...
Aranhas tecem uma teia na qual me embrenho.
Desapareço silenciosamente por entre mim mesma.
Para no final: acordar no ribombar do trovão.
A observação deslavada:
Encaminha pela seda cuspida...
A aranha encurralada sacia-se no macho que abate.
Oh! Ventania que me sacode a alma.
Leva-me... Leva-me numa calçada gasta.
Que o país está moribundo!
Hipnose...
É o relicário de uma vez por ano.
Como é linda a fotografia, endoidecida!...
E eu...
Enviuvando na poesia,
enrosco-me sobre mim mesma dando a mordida, fatal.
Portugal...
Um país tecendo teias por entre viúvas negras.
Agora; podem dizer... Enlouqueceu...
Os pobres deixaram de existir,
a pele de curtir.
E os mortos reviram-se na sepultura.
Só eles se deram conta do que ainda está para vir!
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