sábado, 12 de janeiro de 2013

Flechas



Pergunto a razão de palavras vãs
As que soltas pelas manhãs
Sempre que o sol da esperança
Visita a confiança num dia melhor
A razão do queixume, azedume
Atirado ao ar como acendalhas em lume
Brando, pergunto se tanto rancor
Trás serenidade às almas penadas
Se acidez é presenteira com escolhas guardadas

No baú de uma vida sem sal, sem cor ou amor
Pergunto, de que servem flechas se fazem ricochete.

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Palavras ao Vento Suão, Antónia Ruivo