Nem do medo
agreste o meu peito geme
Sou metade
de uma outra laranja
Na rebeldia que
a morte teme
No meu xaile
desfolho a franja
Na minha
vida a porta cerrada
O breu do
escuro tranca maldita
Não me
impede, estou de abalada
Mais um dia que
a luta dita
Já não abano
ao passar dos anos
Há muito que
deixei de ter
Esperança nos
desenganos
Sou somente leveza
e ser
Chisco de
gente de uma terra em cacos
Sou alma
vadia correndo ao vento
Alimento-me
de secos nacos
Sem arreios
no pensamento.
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