quarta-feira, 2 de março de 2011

Pontas

Tento prender as pontas da vida
Deslaçadas por percalços, baixios
Aconchego nos braços bravios
Da sorte.

Lento prender que me traz razia
Me sufoca a alma, me rasga o ventre
Me faz sentir insolente
Na morte.

De um sonho, uma meta ao longe
Um calor enganando o frio
Um tapume escondendo o vazio
Sem norte.

Tento prender as pontas de mim
Aquelas que desataram enganos
Foram meus por tantos anos
Passaporte.


Para o infinito
Quem sabe a solidão
Não engano nem minto
Que me traz consolação.

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Palavras ao Vento Suão, Antónia Ruivo