sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Imagina

A tela que corre
Correndo também
A infância
Um breve intervalo
Já és adulto
Começa o sepulcro
Encerras as farras
Mistura amistosa
De sonhos
Paixão
Vida cor-de-rosa
O amor te pesca
Casas-te à presa
Os filhos já choram
Mas que vida esta
Contas por pagar
Sarampo e afins
Trocos por guardar
Que será de mim
Um breve intervalo
Continua o filme
Cinquenta anos
Ainda estou firme
Os filhos casaram
Choram os netos
Ralham os filhos
Tu queres viver
O que te apetece
Netos ver crescer
Ninguém envelhece
Mas ás tantas…
Tens setenta anos
Que porra de vida
Dores e enganos
Assim passa o filme
E tu apático
A vida correu
Já estás de quatro
A morte anuncia
O descanso afinal
Que belo é o dia

Agora sei
Vivi sem igual.



2 comentários:

  1. Olá Antónia

    nem precisei "imaginar" para me identificar com as suas palavras.
    Ainda não tinha visitado o seu blog e gostei muito do que li. Não lhe estou a fazer qualquer tipo de jeito acredite. Tal como a António sou muito directa e só digo mesmo o que penso.
    Se me permitir, vou linkar o seu blogue no meu para poder estar atenta às postagens.
    Um beijo, Ana Casanova.

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  2. Olá Ana peço desculpa mas só agora vi o seu comentário, por vezes esqueço de ver se tenho comentários pendentes, obrigado e seja bem vinda.

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Palavras ao Vento Suão, Antónia Ruivo