Às vezes
acho todas as palavras desnutridas
Todas as
pretensas obras de arte iludidas
Despidas de
sentimentos.
Às vezes
acho os poetas tão chatos
E as
crianças tão traquinas
As pedras da
rua, penso…
Serão ´´astros``
tombados com falta de ar
E os versos
ou as frases, falta de mar
Em terra sem
destino.
Às vezes
acho que sou abissal
Com um olhar
informal.
Outras que
sou o diabo à solta.
Às vezes não
tenho paciência…
Nem para
ler, queria morrer
Ao empanturrar-me
de letras.
Depois digo
de mim para mim.
Desliga o
botão… logo ali tropeço
Em versos e
reversos sem miolo.
Às vezes
acho os poetas tão chatos!
E coloco o
pé bem no cimo do bolo.
Dou por mim
engolindo a cereja
Tal criança
sem limites.
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