Tempos houve
em que o ser tremia, ignóbil sensação de perca,
descabelada rebolava
sobre mim mesma, ânsia incontrolável num labirinto.
Onde todos
os sentidos mergulhavam no irrequieto que é ´´ não controlar``
as tuas
ambições…
Tempos houve
em que à tardinha, sentada na soleira da porta,
onde o
alpendre assemelha regaço, chorava… a ausência!
Em momentos propícios
ao receio de perder.
Hoje, às
portas de um outono pardusco vejo o quanto errei.
Não se
cativa melancolia que não nos pertença!
Muito menos
é utopia a dor em espasmos.
E agora
talvez interrogues as gotas de chuva, que trazem à terra vida nova.
Que é feito
de mim, que é feito da tábua rasa onde pernoitastes…
Dir-te-á a
morrinha outonal - Procura por ela nas esquinas, nos montes e nos pensamentos.
Procura mas não
te percas, na perca do que nunca aconteceu-...
Foto de Alfredo Cunha.
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