para o teu
olhar aguado, onde pernoitei em delírio.
Como não… Quão
melindrosa é a razão. Sombras numa parede qualquer,
vestimenta de
mulher. Exuberante saber, simples sentir…
Porque a simplicidade
é gomo de tangerina saboreada com fervor,
é mel por
entre os dedos, escorre vertiginosamente pela mente.
Eleva assim
ao monte mais alto o amor!
E o medo… ai
o medo de arriscar a ser feliz, atira contigo ao chão.
-Como não?
Perguntam as
vozes que te assombram no sono. E tu dormes,
aconchegado nas
certezas, e as incertezas pairam no escuro.
Não te
atrevas a respirar, a chamar, a sentir, o cheiro de Abril.
Não vá a
sombra que espreita pela fechadura, acordar os mortos.
E nesse dia
a Primavera chegará aos campos… Como não.
Penso comigo
enquanto no meu receio os teus medos dançam em castigo.
E o amor definha sem abrigo!
Sem comentários:
Enviar um comentário