Não me ouves eu sei ver
Escrevo ao dia que passou
Ao sol preguiçoso dou a atender
Que mesmo sem brilho, raiou
No meu olhar, bastou um crer
Por vezes a alma é escrava
A espera amarelece
A paisagem que narra
O que nunca acontece
Por vezes a vontade encrava
É preciso parar um pouco
Olhar por cima do ombro
Mesmo pensado que é louco
Por tentar remover o escombro
Por vezes, o ouvido é mouco
E os olhos tão cegos estão
Meio palmo não conseguem ver
A pequenez virou leão
Apenas queremos correr
Fugir daquilo que são
Os fantasmas que nos assolam
Criamos paredes brancas
Esculpimos com nossa mão
Aquilo que está além, trancas
São lágrimas que nos consolam
Não me ouves eu sei dizer
Sei mais de ti que de mim
Cego sou por não querer ver
Que construo castelos assim
Desabam, de um sopro nada a fazer.
Escrevo ao dia que passou
Ao sol preguiçoso dou a atender
Que mesmo sem brilho, raiou
No meu olhar, bastou um crer
Por vezes a alma é escrava
A espera amarelece
A paisagem que narra
O que nunca acontece
Por vezes a vontade encrava
É preciso parar um pouco
Olhar por cima do ombro
Mesmo pensado que é louco
Por tentar remover o escombro
Por vezes, o ouvido é mouco
E os olhos tão cegos estão
Meio palmo não conseguem ver
A pequenez virou leão
Apenas queremos correr
Fugir daquilo que são
Os fantasmas que nos assolam
Criamos paredes brancas
Esculpimos com nossa mão
Aquilo que está além, trancas
São lágrimas que nos consolam
Não me ouves eu sei dizer
Sei mais de ti que de mim
Cego sou por não querer ver
Que construo castelos assim
Desabam, de um sopro nada a fazer.
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