quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Névoa

Porque sinto um inglório desapego
Naqueles dias em que o sol se oculta
Quando caminho pela rua deserta
Nem as folhas encontram seguro abrigo

Sinto que nada vale tudo, aconchego
Da minha mente que recua desperta
Os medos não constroem muralhas, discreta
É a minha sombra em dias de desassossego

Nos dias em que o teu rosto se oculta
De mim, do tempo escasso e de outrem
Nesses dias meu amor a minha alma contém

Um misto de pavor, um paladar de mel
Porque sei, sempre que o sol se enevoa
Meu amor o teu gosto não recordo à toa. 

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