Ao chegar a
tua voz na calada da noite
Descuido impertinencia
que a lembrança traz.
Incúria descabida
no agora tanto faz,
Ao regressar
a tua voz no meu ego um açoite.
E se o tempo
da colheita já passou intransigente,
E se o crer
esmiuçado no agora um presente.
Desassossego
arrancado ao outrora docemente,
E se o tempo
da colheita meu amor se evaporou…
Ao chegar a
tua voz com a doçura do amor,
Confesso que
na noite de repente se fez dia.
E que o
querer é moinha quem diria!
Ao chegar a
tua voz junto a mim um beija-flor.
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