E se o tempo
num repente cortar a sorte
Espada que
existe,
Se a terra reclamar,
em pó se desfizer
A matéria.
Se o tempo mudar
o vento norte
E a morte
cortar só por cortar o entardecer
E aí diz, de
que vale o crer…
Se uma força
invisível comanda a vida
Se terrenos
nossos passos são moinhos
De Mós
toscas em estilhaços.
De que vale
lágrimas em cascata
Palavras surdas
e fracas
De que vale.
E se o tempo
da colheita então cessar
Tudo, porque
olvidámos semear
Será que noutra
vida a reboque
No ressurgir
nos iremos encontrar.
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