A pedra se
desfaz em pó
Alva brancura
espelhada
Na lembrança
de todos nós
Está uma
parede caiada
Por entre o
negro da veste
De uma
velhinha trigueira
Escorre a
cal que lava
A casa de
qualquer peste
E nesse
branco tão branco
Os meus
olhos se deleitam
Por vezes
até o pranto
Ao branco se
entrelaça.
Saudade de
uma cana-da-índia
Onde o
pincel pendia,
De cá para
lá em azáfama
A parede
branca sorria.
E vejam bem
a tal cal
Que acompanhou
a velhinha
Na vida em
cascata…
No dia de
descer à terra
No seu
ventre foi jogada.
E eu sei,
sei porque senti,
As mãos da
velhinha
Presas à cal
em frenesim.
E eu chorei,
chorei com pena de mim
Que hoje
ignoro a cal
E o seu
branco em festim.
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