Por entre as
sombras da tarde indago
O coração
que adormece dolente
Uma esperança
que chega, parece sopapo
Quem sabe uma
voz na planície distante.
Uma alma aprazível
que almeje o afago
De uma conversa
serena, o amanhã diferente
Sem credo,
nem cor, pode até ser náufrago
De um mar de
dor, pode ser indigente.
Assim as
sombras recolham ao nascer
De um dia
que outrora preferiu escapar
Por entre os
dedos, que precário amar
Assim na noite
o destino ordene
Às estrelas
distantes no seu belo brilhar
Que imponham
à tarde um sentir perene.
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