Recuso as pedras da rua
Unidas entre
si pela terra fértil.
Ignoro a
lágrima brotada
Sob os pés
que pisam a calçada.
Estéril a
minha crença!
Por ventura
desconheço
Esperança.
No cair da
tarde, maruja memória
Logo de
manhã, indiferente a estória,
Enquanto vasculho o alheio ausente…
Tenho nas
mãos o presente
No sol que
me sorri.
Ele ali vai…
Um pé
adiante, outro atrás
Afugenta cansaço,
Sem desembaraço.
No rosto
Alentejo
Nas mãos
saudade,
Sei que olvido liberdade…
No tampo da
mesa repousa a chávena,
De um café
negro,
Nas pedras
da rua passa alheia
Uma brisa
ligeira,
Pé ante pé
empurra a morte
Numa pasteleira.
Sem comentários:
Enviar um comentário