Por vezes
olho as rugas no rosto
De frente
para o espelho sincero.
Olho e sei
que sou eu.
Aquela que
no mês de Maio aprendeu
O cantar
liberdade,
Com as mãos
em sangue
Pelos sargaços
em flor.
Nas encostas
da serra e com as giestas
Aprendeu solidão.
Ali ao lado
os velhos, quinhão irmão
Do peito em
chaga.
Defraudamos melodias
em voz desafinada!
Em todos os timbres
uma pomba liberta,
E no refrão
um punhado de gente
Que tal como
eu aprendeu Abril.
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