Deixaste para
trás um rasgo de luz
E nos meus
olhos nasceram falsos cristais.
Nos meus
cabelos fortes vendavais
Que soltastes
num rasgo que traduz.
Quem sabe a
falta de brio que conduz
Ao abismo do
sentir um pouco mais.
Ou então estorno
de diversos areais,
Correria louca
perdida em farta cruz.
Ao deixar
para trás o pouco importa
Se a saudade
do que foi brilha ao sol,
Se por entre
os dedos o querer transporta.
Uma raiva
estendida, folha morta
Que dança ao
vento olhos postos no paiol,
Que é o
coração de tranca à porta…
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