Caminho numa
estrada sem volta, e aí
seguro-me às
bermas repletas de cor,
do olhar de todos,
com quem reparti
pedaços de
mim. Alguns com fútil ardor.
Outros,
desnutridos de amor. Sei que aluí
sem modéstia,
ou pudor, até em alto clamor
a pacatez
dos sentidos. Mas não destruí
o que sou.
Assim caminho, com frio, ou calor.
Descalça de
arabescos, olhos postos na Foz.
Uma serapilheira
por vestido, o chão
do Alentejo
grudado na alma. Alguns nós
que espero
desatar em versos. E as Mós
que são os
olhares, elevam a convicção.
De que mais
além o verso correrá veloz.
25-01-2014
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