Ai Alentejo
meu corpo dorido
De rugas
profundas, socalcos de crença,
Teus olhos
Trigueiros são sobreirais
Teu cabelo
solto os verdes Trigais
Que trago no
ser tal vento em gemido...
Ai Alentejo meu
quinhão de esperança
De alma
singela, criança travessa,
Nas mãos a
enxada e a terra molhada
São águas brotadas
alta madrugada,
De fontes
perdidas, tempos de mudança...
Cravada no
peito em dias estivais
É tão longa
a estrada, curva insidiosa.
São tuas
colinas, morena formosa,
Alegre
cantiga de ganhão fogoso.
Ai Alentejo
meu chão caprichoso...
De dolentes cantigas
em boca mimosa.
A terra
gretada p`lo calor do verão
Chora de
dor, espinhos de rosa,
Cravados no
peito em ostentação...
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