Isco…
Se é para
chocar, vamos a isso…
Ontem na
viela uma rameira perdida
Deu de caras
com a má sorte,
Ainda menina
tingida
De cor nefasta.
Sem pai e
sem mãe
Pernas
abertas gerada…
Logo ao lado
em declínio
Um pobre bêbado
errante.
Fez da rua
morada
Seu telhado
as estrelas,
Depois de
ficar sem pão…
Mais à
frente um rapaz
Num gozo
descomunal.
Para ele
tanto faz
Na ganza um
bacanal…
E logo ali
no portal da igreja
Uma mãe
qualquer
Que na ´´
foda`` gerou filhos.
Pede esmola,
engana a sorte
Numa ladainha
de morte…
Mas há ainda
por entre telhados
A vileza
escondida de um pai quadrado.
´´ fornica``
a filha, e bate no peito consolado.
E aquela
mulher continua na viela
Todos lhe
apontam o dedo,
Esquecem que
a sorte descura
Em princípios
maliciosos.
Se é para
chocar vamos a isso.
O quotidiano
é propício
Ao olhar do
poeta.
´´Fornicação``,
vício ou isco
Tudo se
encaixa no poema ilícito…
Sem comentários:
Enviar um comentário