Descobri que
em tudo o que tenho
Tudo me
falta afinal
Resta um
simples lenho
Que me colhe
no pantanal.
Não espero
palavras de amor que não ouço
Penso numa
palavra amiga ao caminhar na rua
Um sorriso
no rosto, um bom dia apresado
O calor do
sol, esse é meu aliado.
Não espero
gestos altivos
Na ganancia
ocorre a míngua
Preciso de
cantigas ligeiras
Para pesada
me basto
De empurrão
na ladeira
Ou ombro
p`ra chorar a mágoa.
De ter
nascido descrente
E desdita
também
Ter na ponta
dos dedos semente
Que às vezes
bem pouco convém.
Descobri que
em tudo o que tenho
Afinal bem
pouco me basto
E no
amontoado lenho
Vê bem até
nasce pasto…
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