Não sei de
ti há tanto
Da sorte
nada sei também
Nem desdém e
no entanto
Sei que sou
ninguém
Sei do campo
a perder de vista
Das flores
num manto belo
Até das
cegonhas no alto
Eu sei, mas
nada sei de ti
E no entanto
sei que vi
Além no céu
azul
Uma nuvem
passou ligeira
Trouxe a até
mim
O queixume
Vê bem. Rama
de oliveira
Onde poisa o
Melro
E até o Gaio
Onde poisa a
sorte
Num botão em
flor
Onde poisa o
olhar
Quando quer
chorar
Nada sei de
ti
O vento a
chamar.
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