Se viesse o
meu amor por entre a tarde
E trouxesse
nas mãos um sonho antigo
Eu juro,
ficaria quieta, sem alarde
Não saísse o
encanto pelo postigo
É que o
tempo das cerejas é covarde
Ao meu peito
trás a sombra em castigo
Assim que o
coração se aventura e arde
Num terreiro
em que busca um abrigo
Mas quem
sabe troque as voltas em viés
Às trevas
que circundam de antemão
E trespasse esta
sina de lés a lés
E o tempo
das cerejas então zele
Em cofre
rubro o meu gasto coração.
Para que
então nas cerejas o meu mel…
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