Como amparo
um tronco de sobreiro
Que me
aqueça o calor da terra, e o vento suão
Leve a minha
alma e a espalhe num campo de trigo
Porque na
vida fui joio, tenho nas mãos a enxada
Que dilacerou
a minha silhueta, fez dela gato-sapato
Por vezes
deixou-me estendida numa valeta
Tendo por
companhia arame farpado
Se morrer
logo mais, quero os calos das mãos
A velarem
por mim, e de mortalha papoilas
Quero que me
chore um velho irmão
Que tal como
eu fez da terra o pão.
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