É tão
deslavado e irrisório
O momento
passageiro
Tudo é
transitório
Infantil ou
traiçoeiro.
Que levamos
nós desta vida
Perguntei às
pedras da rua
Somente ilusão
se é fingida
Se o tempo é
de corrida
Resposta nua
e crua!
Por isso me
sento amiúde
Numa cadeira
de costas rotas
Não tem
braços, não tem fundo
Mesmo assim
pode comigo
Nem sequer o
tempo ilude
Esta cadeira
singela
Está defronte
à janela
Do mundo,
contemplação…
Até ponto de
interrogação
São os
pregos que a sustêm
Nesta era de
aflição
Permaneço dias
a fio
Nesta cadeira
invisível
Que me ampara
pela vida.
Perguntei às
pedras da rua
Como vim
aqui parar
Desconhecem
a resposta
De na
cadeira me sentar.
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