O que faço
com o rodopio estrondoso
Que os pensamentos motivam
Sempre que
dou por mim a cismar
O que sou, o
que fui, para onde
Me leva o
dia, que será que esconde
A noite
traiçoeira,
Só uma
certeza brejeira…
Sou filha
das pedras, como pai o barro
De madrinha
a chuva, minha irmã a esteva
Bizarro parentesco,
faz todo o sentido
Não me
encaixo no contexto deste mundo iludido
Por mãe uma
ribeira cheia de peixes vermelhos
Só assim entendo
os pensamentos traiçoeiros
E se um dia
me apaixonar pelo montado matreiro…
Que embala
na sua sombra um velhinho sobreiro.
Aí sim,
corro pela campina agreste
Finalmente gritarei.
Sou eu …no campo a rodopiar
Sob o sol de
Agosto, bebo água da fonte
E amanhã…
amanhã volto a questionar.
O que sou, o
que fui?
Um grão de
areia num deserto de míngua!
Sem comentários:
Enviar um comentário