Décimas…Meu choro de mão em mão.
Nos dias em que
não te encontro
Indago a
solidão
Em versos
velhos transporto
Meu choro de
mão em mão
Por que sou
filha do nada
O meu ser é
assombrado
Triste sina,
triste Fado
Ao chegar da
madrugada
Numa lua
deslavada
Tal lágrima
perdida
Que me leva
de vencida
Quando assoma
a nostalgia
Meu amor
quem diria
Nos dias em
que não te encontro
De mãos
postas rogo ao Alto
Que me traga
o teu sorriso
De tudo o
que preciso
P`ra sair do
sobressalto
É dum sonho azul-cobalto
Que me dê dias
risonhos
Rosmaninho em
fartos molhos
Nos teus
olhos cor de mel,
P`lo toque
da tua pele
Indago a
solidão
Questiono até
o tempo
P´la sorte em
contra-mão
Ai jesus mas
que aflição
De tanto
dormir ao relento
Há muito esqueci
alento
Anseio p`la
luz do dia
Quem sabe
traga ousadia
À alma que vagueia
Outras vezes
se incendeia
Em versos
velhos, transporto
Uma nesga de
alento
Logo mais à
tardinha
Numa chuva
miudinha
Instigada pelo
vento
Que me traga
o momento
O teu beijo traiçoeiro
O teu rosto o
teu cheiro
Num abraço
apertado.
Retornaria ao
passado
Meu choro de
mão em mão.
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